fbpx

Demonstrativo de Fluxo de Caixa: O que é, Como ele é Formado e Principais Indicadores

demonstrativo de fluxo de caixa
Saiba mais sobre o Demonstrativo de Fluxo de Caixa, um dos principais documentos da gestão financeira para avaliar a performance de uma empresa.
Compartilhe este Post
Share on linkedin
Share on facebook
Share on twitter
Share on email

Sumário

O Demonstrativo de Fluxo de Caixa é um dos principais documentos à disposição da gestão financeira para a avaliação da performance de uma empresa.  

Sua existência é fundamental para que os gestores possam saber de onde está vindo e para onde está indo o dinheiro da organização, bem como medir a liquidez do negócio, ou seja, a capacidade da empresa honrar seus compromissos.  

Em muitos casos, uma companhia pode apresentar uma boa rentabilidade, que significa que ela está dando lucro, mas não possuir dinheiro em caixa para cumprir com as suas obrigações financeiras. 

Através do Demonstrativo de Fluxo de Caixa, o gestor pode responder perguntas como: 

  • quanto dinheiro a empresa está gerando através das suas atividades operacionais, ou seja, as atividades decorrentes da produção e entrega de produtos ou prestação de serviços? 
  • de onde está vindo o dinheiro necessário para o capital de giro? E para os investimentos? 
  • a empresa está utilizando eficientemente os recursos vindos de sua operação? 
  • como está a capacidade de pagamentos das obrigações financeiras da empresa? 

Demonstrativo de Fluxo de Caixa: O Que é

O Demonstrativo de Fluxo de Caixa, ou DFC, é uma das três principais demonstrações contábeis. Ele mostra o Fluxo de Caixa de uma empresa durante um período determinado, ou seja, todas as entradas e todas as saídas de dinheiro da empresa, englobando contas bancárias, caixa físico e aplicações financeiras. 

A partir da Lei 11.638/2007 esse documento se tornou obrigatório para todas as empresas de capital aberto, companhias fechadas que possuem patrimônio líquido superior a R$ 2 milhões de reais na data do balanço e também para as PMEs. 

O DFC precisa ser divulgado trimestralmente e também o acumulado anual, através de três meios oficiais: 

  • Portal da  CVM (Comissão de Valores Mobiliários) 
  • Página da empresa no site da B³ (Brasil Bolsa Balcão) 
  • Página de Relações com Investidores do Site da Empresa 

Três Componentes de um Demonstrativo de Fluxo de Caixa

Para estruturar as entradas e saídas de caixa, o DFC divide os pagamentos e recebimentos em três grupos de atividades: 

  • operacionais 
  • investimento 
  • financiamento  

Vamos entender cada uma delas? 

Atividades Operacionais

O Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais corresponde ao fluxo de receitas e despesas gerado pela atividade atividade principal do negócio de onde provém a receita da empresa (ou seja, produção de produtos, comercialização ou prestação de serviços). Elas englobam:

  • recebimentos de clientes 
  • pagamentos de fornecedores 
  • despesas administrativas 
  • pagamentos de impostos 

O Demonstrativo de Fluxo de Caixa pode ser elaborado considerando as tais atividades de dois diferentes métodos: o Método Direto e o Método Indireto. 

  • Método Direto: que considera os valores brutos das operações, isto é, os valores reais recebidos dos clientes, pagos aos fornecedores, etc. 
  • Método Indireto: as atividades operacionais são apresentadas pelo ajuste do lucro ou prejuízo líquido. 

Atividades de Investimento

O Fluxo de Caixa das Atividades de Investimento diz respeito às alocações de recursos que a empresa faz com o objetivo de gerar retornos futuros, ou seja, no realizável a longo prazo. 

Fazem parte das atividades de investimento: 

  • compra e venda de ativos imobilizados ou intangíveis 

Atividades de Financiamento

Por fim, o Fluxo de Atividades de Financiamento é formado pelas atividades onde a empresa utiliza dinheiro emprestado, seja dos seus próprios sócios ou de terceiros, como bancos. São elas: 

  • financiamentos 
  • integralização de capital
  • empréstimos bancários 
  • divisão de lucros 

Demonstrativo de Fluxo de Caixa: Principais Indicadores

A análise do Demonstrativo de Fluxo de Caixa deve ser feita a partir de alguns indicadores financeiros fundamentais para medir a saúde financeira de uma empresa, tais como: 

  • Geração Operacional (GO): esse indicador apresenta o caixa gerado através das atividades operacionais, desconsiderando possíveis investimentos e resultados financeiros. Assim, ele consegue mensurar a eficiência e produtividade de uma empresa. 
  • Margem de Geração Operacional: corresponde a divisão da Geração Operacional pela receita líquida. Esse indicador mostra, portanto, o quanto de recursos a atividade operacional de uma empresa está gerando. Trata-se de um indicador que permite comparar a eficiência operacional entre diferentes empresas. 
  • CAPEX: indica a fatia do caixa da empresa que foi usada, em determinado período, para a aquisição de bens para a expansão ou para a manutenção do negócio. 
  • Fluxo de Caixa Livre: indicador que mostra a sobra de caixa após os gastos com o imobilizado e o intangível. Essa sobra será usada, então, para atividades de aumento de caixa ou de financiamento. 

Qual a diferença entre a DFC e a DRE

Muitas pessoas podem acabar confundindo o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) com outro importante demonstrativo contábil, o Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE).  

Os dois são documentos fundamentais para a análise da saúde financeira e econômica de uma empresa, contudo a perspectiva com a qual eles apresentam a informação é diferente. 

Enquanto o DFC apresenta a informação por meio do Regime de Caixa, o DRE mostra os mesmos dados através do Regime de Competência.  

O Demonstrativo de Fluxo de Caixa apresenta o desempenho em termos da movimentação do dinheiro propriamente dita, ou seja, quando ocorre a transação financeira.  

Isso acontece, por exemplo, quando você fecha várias vendas para recebimentos futuros, como 30 ou 60 dias. O caixa não vai mostrar esse crédito, pois o dinheiro ainda não entrou, e pode dar a falsa impressão da empresa estar sem dinheiro. 

Ou, por outro lado, quando o cliente paga um grande projeto à vista, que irá ser executado em seis meses, por exemplo. Olhando apenas para o caixa, pode-se imaginar que o saldo da empresa está enorme, sem avaliar, contudo, que esse caixa, que à princípio parece enorme, precisará cobrir a operação desse projeto pelos próximos meses. 

Já o DRE olha para as mesmas informações a partir do fato gerador de uma possível entrada ou saída de dinheiro, permitindo assim avaliar o lucro da empresa, mesmo que o dinheiro não tenha passado pelo caixa da empresa ainda. 

Sendo assim, não podemos dizer que uma forma seja mais melhor que a outra e sim que eles fornecem informações complementares e ambos são importantes para a gestão financeira da empresa. 

Conclusão

Como vimos, conhecer mais deste importante instrumento, como é o Demonstrativo de Fluxo de Caixa, bem como compreender quais as respostas que ele pode trazer para a análise do seu negócio é imprescindível para poder decidir os rumos da sua empresa e guiar os seus passos enquanto gestor.  

E, se você precisar de ajuda nessa tarefa, conte sempre com a expertise da Valoreasy. Os nossos consultores especializados estão à sua disposição para esclarecer todas as dúvidas e lhe ajudar a manter sua empresa no caminho correto. 

Faça o download deste post inserindo seu e-mail abaixo

Não se preocupe, não fazemos spam.
Inscreva-se em nossa newsletter
Quer alavancar caixa? Que tal começar pela caixa de entrada? Receba quinzenalmente um conteúdo especial para a sua empresa decolar!