Você sabe o que é o PIX? Essa novidade está chegando com a promessa de revolucionar a forma como realizamos transações bancárias.
Sabe aquele pagamento feito com boleto bancário, que demora alguns dias para compensar, ou uma transferência entre bancos no depois das cinco da tarde ou no final de semana, que precisa esperar o dia útil seguinte? Taxas altas e limites mensais para DOCs e TEDs? A chegada do PIX vem com a proposta de transformar todos esses problemas em coisa do passado, trazendo simplicidade e agilidade às transações financeiras.
Vamos conhecer mais sobre esse método de processamento bancário que nos fará mudar a forma como nos relacionamos com os bancos?
O que é o PIX?
Podemos começar respondendo o que é o PIX afirmando que trata-se de uma uma nova forma de fazer pagamentos e transferências, criado pelo Banco Central, para trazer mais agilidade às transações financeiras.
Através desse novo sistema, será possível transferir dinheiro entre pessoas físicas ou jurídicas e realizar pagamentos para pessoas jurídicas de forma instantânea, 7 dias por semana, 24 horas por dia.
É importante destacar que o PIX não se confunde com um banco ou qualquer instituição financeira. Ele é uma nova modalidade de processamento bancário, assim como o DOC ou TED, mas que possui características específicas:
- nas transferências realizadas com o uso do PIX, o dinheiro cai de forma imediata na conta da outra pessoa ou empresa. Não existe mais a necessidade de esperar o tempo de compensação do dinheiro
- será possível realizar pagamentos em lojas, diretamente pelo celular, sem precisar de cartão de crédito ou dinheiro em mãos
- os órgãos do Governo também irão aderir ao PIX, possibilitando assim o pagamento de tributos instantaneamente
Como Funciona?
Para usar o PIX, é preciso ter conta em alguma instituição bancária e, depois, aderir de forma voluntária a essa nova modalidade de pagamento no próprio banco.
O PIX funciona através da cadastro das chaves de identificação. Essas chaves são espécies de atalhos para simplificar o processo de transferências de dinheiro. Assim, a pessoa pode cadastrar como chave o seu CPF ou CNPJ, número de celular, email ou um código de letras e números aleatórios chamado EPV.
Então quando alguém quiser fazer uma transferência para alguém que já cadastrou uma chave no PIX, ao invés de digitar banco, agência e conta, como acontece hoje, bastará digitar a chave criada. Assim, o sistema automaticamente reconhecerá a conta bancária associada à esta chave.
Cada conta pode ter até 5 chaves associadas a ela. Mas, uma mesma chave não poderá estar relacionada a mais de uma conta, mesmo que o titular seja o mesmo. Então, se você possui conta em dois bancos distintos, por exemplo, poderá associar o seu email a uma das contas e o seu celular à outra.
O cadastro das chaves acontece diretamente no banco em que se tem a conta, seja ela de pessoa física ou jurídica, pelo Internet Banking da instituição.
Como Usar o PIX?
Agora que você viu o que é o PIX, saiba que ela poderá ser usado de três formas:
- pelas chaves que estão associadas às contas, tanto de pessoas físicas, quanto de pessoas jurídicas
- por links gerados por celular
- ou por QRcode
Na prática, imagine que a sua empresa prestou serviço para determinado cliente. Ao invés de gerar um boleto de pagamento, com o PIX será possível gerar um link, diretamente pelo celular. Ou, o seu cliente poderá inserir a chave de acesso à conta da sua empresa (o CNPJ, por exemplo) e efetuar a transferência de forma instantânea.
Ou, caso você atue no comércio ou em um restaurante, por exemplo, será possível inserir no cardápio o QRcode do item e o cliente, usando a câmera do seu celular, poderá pagar pelo prato escolhido. Tudo de forma simples, intuitiva e o melhor, muito rápida.
E essas são apenas algumas funcionalidades, porque no futuro já estão previstas outras inovações, tais como:
- possibilidade de pagamento offline
- o saque PIX, onde as pessoas poderão sacar dinheiro em redes varejistas, ao invés de precisar ir a um banco.
Quanto custa?
O PIX é completamente gratuito para as pessoas físicas, mas terá o seu custo financiado pelas pessoas jurídicas. Porém, até agora o Banco Central ainda não informou quanto será a taxa cobrada das pessoas jurídicas.
Já os bancos pagarão um valor muito baixo: R$ 0,01 para cada 10 transações usando a modalidade.
Como o PIX mudará a vida das pessoas?
Já vimos que a partir da sua implantação, no dia 22 de novembro, o PIX já trará uma série de facilidades para o dia a dia das pessoas.
Mas, as inovações não param por aí. A expectativa é que essa revolução financeira seja ainda mais profunda.
Separamos algumas possibilidades para que vocês já possam vislumbrar o que o futuro nos espera:
Fim do DOC e TED
apesar dos bancos falarem que essas duas modalidades de pagamento continuarão existindo, na prática, que sentido fará pagar mais e esperar para a efetivação quando com o PIX o dinheiro cai imediatamente na outra conta?
Diminuição considerável do uso do dinheiro em papel moeda
Já que vai ser tão rápido e simples transferir dinheiro e fazer compras, usando os links de pagamento pelo celular ou QRcode, por exemplo, para que andar com dinheiro em espécie e correr o risco de ser assaltado? E sob o ponto de vista das empresas, que não precisarão mais ficar carregando troco?
Segurança
O Pix também irá reduzir consideravelmente os riscos de manter dinheiro em caixa. Assim, digitalizando a maior parte das transações, essas preocupações com segurança irão praticamente desaparecer.
Menor uso do cartão de débito
Até mesmo os cartões de débito tendem a se tornar obsoletos. Isso porque o celular, que está o tempo inteiro nas mãos de todo mundo, conseguirá efetivar as transações.
E já alertamos que esse futuro não está assim tão distante. A pandemia e a necessidade de isolamento social já foi responsável por dar uma acelerada na digitalização de vários serviços. Afinal, a tecnologia já estava disponível. As pessoas só perderam, de certa forma, o medo de usá-las.
Então, agora, que você já viu o que é PIX e tudo que a sua chegará trará, irá ver essa profunda digitalização invadir o sistema financeiro. E isso é só o começo.
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