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Investimento PJ: Como investir o dinheiro da empresa

O que é investimento PJ, quais as opções de investimento e como investir o dinheiro da empresa da melhor forma
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Sumário

Você já pensou que saber como investir o dinheiro pode gerar ganhos para o caixa da empresa? Investir como pessoa jurídica é uma forma de não deixar o dinheiro parado e perdendo valor na conta corrente. Além de ter uma outra fonte extra de ganho de receita.

Muitas empresas que buscam rentabilidade com o dinheiro disponível em caixa e possuem uma grande variedade de produtos financeiros para escolher. 

No entanto, antes de tomar uma decisão, é necessário saber como avaliar as alternativas disponíveis para realizar a melhor escolha. 

Já que, o ideal é investir o dinheiro da empresa de maneira que ele se reverta em benefícios e segurança para os negócios além de promover seu crescimento ajudando a enfrentar muitos dos desafios do empreendedorismo

Pensando nisso, preparamos este artigo para que você conheça os principais tipos de investimentos PJ, quais as vantagens e cuidados na hora de investir o dinheiro da sua empresa. Acompanhe!

O que são investimentos para empresas?

Não movimentar valores na conta corrente pode causar desvalorização do seu capital no longo prazo. Isso se dá porque a inflação aumenta e o dinheiro parado acaba perdendo valor, sendo capaz de comprar menos coisas do que antes. 

Essa regra também se aplica para administração de empresas. Dessa maneira, os investimento para empresas segue uma lógica parecida aos da pessoas física. Funcionando para proteger o patrimônio e trazer novas oportunidades de rentabilidade. 

Quem investe com PJ, por exemplo, não conta com a isenção de Imposto de Renda em investimentos como letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA). Uma vantagem que vale apenas para pessoas físicas.

Além do mais, aplicações no Tesouro Direto também não estão disponíveis para as empresas. No entanto, as demais modalidades, tanto na renda fixa quanto na variada, podem ser aplicadas, mas podem ter particularidades.  

Quais as vantagens de investir o dinheiro da empresa?

Movimentação de capital

Manter o dinheiro da empresa parado em uma conta bancária, por exemplo, não faz com que ele renda. O que acontece na prática, é que ele pode até perder valor, dependendo de como a Taxa Selic se comporta em determinado período de tempo. 

Dessa forma, optar por investimentos para já é uma ótima maneira de garantir uma movimentação de capital mais tranquila, segura e eficiente, além de possibilitar rendimento. 

Expansão do negócio

Organizações que buscam expandir a operação através de empreendimentos futuros sem abrir mão da segurança e eficiência são beneficiadas pelo rendimento de bons investimentos.

Com investimentos para PJ é possível viabilizar a compra de maquinário, realizar reformas, entre outras ações que visam manter a empresa preparada para atender as demandas de seus clientes

Segurança

Uma das principais vantagens para as empresas que investem em produtos financeiros é poder contar com a segurança de ter um recurso extra reservado para possíveis cenários críticos, como períodos de baixo faturamento ou, por motivos de força maior, como foi o caso da pandemia de Covid-19.

6 tipos de investimentos para empresas

Existem vários tipos de investimentos para empresas no mercado financeiro, separamos 6 opções para PMEs investirem o dinheiro da empresa. 

1. Certificado de Depósitos Bancários – CDB

Este é o investimento mais popular no Brasil, tanto para PF quanto PJ. O CDB é um investimento de renda fixa, de baixo risco que tem rendimentos diários e facilidade para contratação e resgate do dinheiro aplicado pela empresa.

O CDB funciona como um financiamento dos correntistas aos bancos. Ou seja, o banco utiliza parte do valor que você aplicou para emprestar a terceiros e em troca se compromete a te remunerar com juros. 

A remuneração que investidor receberá é definida na contratação e pode variar de acordo com o valor e prazo de aplicação, se pré ou pós-fixado e conforme a necessidade de recursos da instituição no momento.

Em geral, como grandes bancos possuem baixo risco e captam recursos com mais facilidade, a remuneração tende a ser menor que instituições menores.

No entanto, a facilidade de aplicação e resgate pelo próprio internet banking em que é correntista facilitam as coisas, especialmente para as empresas que precisam constantemente de capital de giro.

Importante salientar que o CDB é investimento abarcado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de R$ 250.000,00 por CNPJ e por Instituição.

Logo, se sua empresa (não financeira) for credor até este limite em determinado banco e este venha faltar com suas obrigações, seu capital está integralmente segurado.

O imposto e IOF são regressivos e incidem apenas sobre o rendimento, sendo que o IOF é isento após 30 dias de aplicação e o IR inicia com 22,5% se resgatado antes de 180 dias, podendo chegar a 15% após dois anos.

2. Operações Compromissadas

    Operações Compromissadas são menos populares que os CDBs, mas, na prática, funcionam de forma muito semelhante. 

Nas operações compromissadas, o banco oferece um título que está em sua carteira à sua empresa com o compromisso de recomprá-lo após um tempo determinado com juros. É como se você estivesse emprestando dinheiro para o banco tendo um título negociado como garantia.

Dessa forma, a maior vantagem deste tipo de investimento é que você pode investir em algum título sem ser seu titular e possuir tanto a garantia do próprio título quanto do FGC para valores até R$ 250 mil por CNPJ e por instituição (apenas para títulos emitidos após 8 de março de 2012 por empresa ligada).

Assim como o CDB, a rentabilidade, na maioria dos casos, é atrelada ao CDI e também é definida no momento da compra, podendo ser pré ou pós-fixada.

A tributação obedece aos mesmos critérios do CDB.

3. Fundos de Investimentos

Os fundos podem ser descritos como investimentos compartilhados, ou seja, são ativos que podem ser investidos em conjunto com um grupo de pessoas, possibilitando o ingresso a uma carteira diversificada de ativos financeiros.

Ao aplicar seu dinheiro no fundo, o investidor está transformando seu capital em uma cota, ou seja, adquirindo direitos proporcionais sobre aquele conjunto de ativos.

É como se o fundo fosse como um condomínio onde cada condômino é dono de um apartamento (cota) e paga ao síndico para administrar e coordenar as diversas tarefas do condomínio. O síndico, neste caso, é uma instituição financeira capacitada para atuar de acordo com os objetivos dos cotistas e, por isso, cobram taxas de administração.

Existem diversos tipos de fundos, como renda fixa, multimercado, ações e cambiais. No entanto, quando falamos em investir o dinheiro da empresa que, normalmente, deseja apenas obter uma renda extra sobre sua reserva financeira, os fundos de renda fixa são ideais, pois, apresentam baixo risco e liquidez diária ou D+1.

Antes de realizar qualquer aplicação em fundos de investimentos, recomendamos analisar o grau de risco, taxa de administração e carregamento, carência, liquidez e rentabilidade histórica. 

Com relação a tributação, podemos diferenciá-la entre os fundos de Curto Prazo e Longo Prazo. 

  • Nos fundos de Curto Prazo a alíquota para o tempo de permanência até 180 dias é de 22,5% sobre o rendimento e acima de 180 dias é de 20%. 
  • Para os fundos de Longo Prazo as regras de alíquotas são as mesmas que as do CDB. 

Importante ressaltar que, ao contrário dos demais investimentos mencionados, o imposto é recolhido nos últimos dias de maio e novembro de cada ano, independente do resgate, em um sistema chamado come-cotas.

4. Tesouro Direto

O investimento em títulos públicos é bastante usual para pessoas físicas, especialmente, por meio do Tesouro Direto. No entanto, o que poucas pessoas sabem é que também é possível investir o dinheiro da empresa neste tipo de ativo através do mercado secundário.

O mercado secundário nada mais é do que uma mesa de operações onde um titular negocia um ativo que, em algum momento, foi adquirido no mercado primário.

No caso do mercado secundário de títulos públicos, você pode ter acesso a este ambiente pelo próprio site do seu banco, plataforma online de uma corretora ou telefone direto.

Apesar de pouco utilizado pelas empresas, este tipo de investimento pode ser ideal para quem tem uma reserva acumulada acima de R$ 50 mil e busca rendimentos superiores aos CDBs ofertados pelos bancos e com grande segurança, visto que o credor é o próprio Tesouro Nacional.

Por exemplo, caso você queira adquirir um título público pós-fixado atrelado à Selic, o rendimento será igual ou muito próximo à Selic, enquanto um CDB em um grande banco proporcionará algo em torno de 80% deste rendimento.

Apesar de muito atrativo, alguns detalhes devem ser observados antes de realizar este tipo de investimento, como as taxas cobradas pela instituição, o prazo e tipo do título disponível (se indexado à Selic, ao IPCA ou Pré-Fixado).

5. Letras de Crédito – LCI e LCA

As letras de Crédito Imobiliários e do Agronegócios (LCI e LCA) também estão disponíveis para pessoas jurídicas que queiram investir o dinheiro que a empresa possui em caixa. 

São títulos de renda fixa com  prazos mais longos que os CDBs e, em alguns casos, rentabilidade mais atrativa. 

Porém, pessoas jurídicas não contam com a inserção do IR concedida a pessoa física, e a cobrança segue as mesmas regras dos títulos (alíquotas regressivas referente ao tempo de aplicação).

6. Ações

Empresas também podem investir em ações da mesma maneira que pessoas físicas negociam os papéis na bolsa de valores. 

O que muda, é que pessoa jurídica não possui isenção de IR para operações até R$ 20 mil mensais. 

No entanto as alíquotas são as mesmas: 15% para swing trade, que são operações com duração superior a um dia, e 20% para day trade, ou seja, as operações realizadas no mesmo dia. 

Quais os cuidados ao investir o dinheiro da empresa?

Antes de investir como pessoa jurídica, é fundamental estar atento às regras dos produtos financeiros que pretende adquirir com o CNPJ e, principalmente, compreender qual o seu perfil de investidor.

O perfil de investidor pode ser feito de forma online ou na agência do seu banco e a ideia é identificar os investimentos que são mais compatíveis com os objetivos da empresa.

No geral, a pessoa jurídica (da mesma forma que a pessoa física) pode ter um perfil mais conservado, moderado ou mais arrojado, referente a sua tolerância ao risco e expectativas de ganhos ao investir o dinheiro negócio.

Além disso, ao aplicar o dinheiro da sua empresa, é necessário avaliar três critérios principais  dos investimentos.

  1. Rentabilidade: o retorno oferecido ou potencial de rendimento da aplicação.
  2. Liquidez: a facilidade com que o ativo pode ser convertido em dinheiro sem gerar perdas.
  3. Risco: a probabilidade de que o retorno não seja o esperado. 

Outro ponto importante para a empresa que quer investir seu dinheiro é ter cautela com ganhos muito altos na bolsa de valores.

Pois, se a empresa ganhar muito com ações, por exemplo, os lucros do mercado financeiro podem se confundir com a atividade final da empresa, ocasionando problemas com o Fisco. 

A princípio, o ideal é começar com investimentos de renda fixa, que possuem risco baixo e várias opções de rentabilidade. Além da possibilidade de liquidez diária, os impostos são recolhidos diretamente na fonte (no caso de empresa do Simples Nacional).

Agora que você já sabe como PJ pode aplicar o dinheiro da empresa, conte com a Valoreasy, para te ajudar a impulsionar a gestão financeira do seu negócio com o BPO Financeiro.

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