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Como criar uma reserva financeira para a empresa?

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Sumário

Procurando o jeito certo de criar uma reserva financeira para sua empresa? Então leia este guia e aprenda um passo a passo para guardar dinheiro para quando sua empresa precisar.


A reserva financeira é muito importante para qualquer empresa. Afinal, ter um financeiro saudável e que possibilite investir em melhorias é fator essencial para manter uma empresa no mercado. 

Diferente do capital de giro (caixa), a reserva financeira é o dinheiro que a empresa tem disponível guardado e pode servir para cobrir gastos em situações emergenciais ou que não estavam previstos no orçamento inicial. Enquanto o capital de giro é mais amplo e está associado aos bens e ativos da empresa, por exemplo.

Embora, de fato, sejam semelhantes e tenham o mesmo fim, é preciso diferenciá-los quando o assunto é criar uma reserva financeira para a empresa

Neste texto, vamos trazer o panorama geral sobre reservas financeiras e por fim, vamos ensinar como criar uma para sua empresa. Por isso, leia com bastante atenção. 

Ao terminar a leitura vai ter um norte de como aplicar os conceitos no seu negócio.

O que é reserva financeira?

A reserva financeira é, basicamente, o dinheiro disponível para a empresa, que pode ser utilizado no momento que a empresa precisar, devido a imprevistos e situações que fogem do controle da empresa, por exemplo: queda nas vendas, saída de funcionários, crise econômica, pandemia, etc. De forma mais ampla, é um estoque de dinheiro que a empresa possui, que pode ser utilizado quando for preciso. 

Entretanto, o foco principal da reserva financeira é criar um montante para que a empresa invista ou que garanta estabilidade em momentos de crise.

A importância da reserva financeira

Diferente do que muitos acham, a reserva financeira não necessariamente tem a ver com uma reserva emergencial apenas. A empresa pode querer uma reserva para investir em melhorias, por exemplo. 

Dessa forma, a reserva financeira significa acumular uma quantia  de dinheiro para diferentes finalidades.

Agora, na questão emergencial, sem dúvidas é muito importante que a empresa tenha uma quantia em reserva. Ainda mais depois de muitos empreendedores terem passado pela pandemia e visto de perto o quão importante é contar com valores extras para lidar com imprevistos. 

Afinal, apenas com uma boa reserva é que a maioria das empresas conseguem enfrentar momentos de baixa. Isso porque, todo negócio possui seus compromissos financeiros mensais.

Como por exemplo: aluguel, salários, impostos, produtos, serviços, energia elétrica, internet, água, fornecedores, entre muitos outros gastos para manter uma empresa de pé.

Sendo assim, a reserva financeira vai ajudar a empresa a conseguir se manter ativa. A lógica é a mesma que a gordura que temos em nosso corpo. Que nada mais é do que uma reserva energética, que nosso corpo usará caso fiquemos muito tempo sem nos alimentar.

Por isso, um empreendedor que busca ter sucesso, deve se preocupar em criar uma reserva financeira para sua empresa. Assim, a empresa terá mais recursos para investimentos e, ao mesmo tempo, criar uma “gordura extra” para eventuais emergências.

Situações que a reserva financeira se mostra necessária

Vamos ver alguns exemplos de situações onde ter uma reserva financeira fará toda diferença:

Crises econômicas: se tem algo que os últimos anos mostraram, é que a economia é algo bastante volátil. Por mais que algo esteja aparentemente funcionando, pode mudar de uma hora para outra.

Inclusive, muitas empresas só sobreviveram à pandemia do COVID-19, justamente por conta de suas reservas e do capital de giro.

Perda de clientela: a perda de clientela costuma ocorrer mais com empresas que atendem menos clientes. Caso um desses clientes mude de fornecedor ou de empresa, é possível que abale significativamente os ganhos.

Com a reserva financeira, é possível ter apoio até o momento que consiga um novo cliente à altura.

Reformas e manutenções emergenciais: problemas quase sempre ocorrem. Por conta disso, ter um fundo para cobrir esses gastos inesperados, porém necessários, é fundamental, para manter as operações funcionando.

Manutenções inesperadas – equipamento quebrado, vazamentos e problemas elétricos, entre outros imprevistos, podem facilmente extrapolar o orçamento mensal.

Não ter que recorrer a empréstimos ou cheque especial: uma saída bastante usada por empresas que estão em meio a uma crise financeira, é justamente, fazer empréstimos bancários ou utilizar o limite do cheque especial do cartão empresarial. O problema disso, são os juros muito altos, que na maioria das vezes só fazem os problemas crescer.

Tendo uma reserva financeira, o empreendedor não terá que recorrer a empréstimos, nem utilizar o cheque especial, deixando essa opção apenas para casos extremos, onde os recursos esgotaram.

Negócios sazonais: empresas que têm melhores resultados em determinadas épocas do ano, precisam ter uma reserva financeira, para garantir maior equilíbrio durante os períodos de baixa na produção ou vendas.

Relação entre pequenas e médias empresas com reserva financeira

É comum que empresas de menor porte, tenham uma relação mais “difícil” com dinheiro. Ainda mais quando pensamos na realidade de pequenos negócio que mal conseguem terminar o mês com o caixa no azul, o que torna distante a ideia de criar uma reserva financeira.

Porém, é justamente essas empresas que são mais instáveis que precisam de uma reserva financeira para ontem. As grandes empresas, certamente possuem reservas e capital de giro, já que são conceitos básicos na gestão financeira.

As empresas de pequeno e médio porte, possuem a vantagem de não ter valores tão altos para lidar (ou ao menos não deveriam). Desse modo, um valor não tão alto pode ser pensado como uma boa reserva financeira.

Para buscar o crescimento, as pequenas empresas precisam do respaldo financeiro. Com isso, podem buscar estratégias e formas de crescer, sem precisar ficar presas em questões como ter dinheiro para os próximos meses, por exemplo.

Dessa forma, fica ainda mais clara a importância de começar uma empresa do jeito certo. Para assim ficar tudo mais fácil e já ter uma reserva financeira, antes mesmo da empresa iniciar.

Como criar uma reserva financeira para uma empresa?

Antes de mais nada, é preciso definir o valor médio que deverá ter a reserva financeira. Caso o objetivo seja a compra de equipamentos, por exemplo, ele deve estar de acordo com esse valor, caso seja uma reserva emergencial, é preciso definir outro valor.

Podemos então dizer que não existe uma receita perfeita para que as empresas tenham uma reserva financeira. Entretanto, existem algumas “regras” que podem ajudar no processo.

Além de estipular o valor da reserva, é preciso desenvolver uma estratégia para conseguir o valor e também encontrar uma forma de fazer o dinheiro render cada vez mais.

Para facilitar a compreensão, vamos falar de cada um de forma separada:

Definindo o valor para a reserva financeira da empresa

O valor da reserva financeira não deve surgir do “nada”. Por isso, é importante ter informações precisas para ajudar nesse momento. 

Inclusive, com a Valoreasy, você tem acesso à planilha de fluxo de caixa, que trará informações relevantes para ajudar na hora de estabelecer a reserva financeira.

Com controle total sobre o fluxo de caixa, será muito mais fácil entender a quantidade de dinheiro que está passando e passou pela empresa nos últimos meses. Facilitando o estabelecimento de um valor que seja compatível com a realidade financeira da empresa e suas necessidades para manter as atividades.

Na definição de valor para uma reserva financeira emergencial, é preciso usar como base despesas fixas e variáveis. As fixas são as contas que a empresa precisa arcar de forma mensal, já as variáveis, como o nome sugere, são contas e gastos variáveis, que precisam ser considerados ainda mais.  

Em linhas gerais, o período considerado ideal para que a reserva consiga manter a empresa “segura”, é de 6 meses. No entanto, nesse ponto, quanto mais tempo a empresa tiver de reserva melhor. Por conta disso, o prazo de 1 ano também costuma ser usado por empresas menores.

Para facilitar o processo, vale a pena olhar para os últimos seis meses de saídas da empresa, para estabelecer a meta financeira, que a empresa precisa para ter uma boa reserva. 

Guardando o dinheiro necessário

Após estabelecer o valor que precisa constar na reserva, é preciso verificar que valor precisa ser guardado em média por mês. Depois disso, é preciso adequar a realidade do seu negócio. 

Tendo em vista que cada mês os ganhos são diferentes. Para cada mês é preciso verificar o quanto deve ser guardado.

A melhor forma de saber o quanto vai guardar em cada mês, é estabelecer uma porcentagem sobre o lucro líquido e não sobre os ganhos da empresa. Afinal, o lucro líquido é o real lucro que a empresa teve no mês, após quitar suas dívidas.

Por exemplo: caso o lucro líquido da empresa seja de R$ 5.000,00, é sobre esse montante que se deve calculara porcentagem da reserva financeira.

O objetivo é conseguir guardar, de uma forma que não comprometa os resultados no mês. Por isso, por mais que leve um pouco mais de tempo, é preciso tirar uma porcentagem sobre o lucro líquido que seja praticável.

Fazendo a reserva financeira render

Dinheiro parado é sinônimo de perda de poder de compra. Então, a reserva financeira vai funcionar melhor se for possível gerar rendimentos extras sobre ela. Desse modo, é possível, inclusive atingir a meta de uma maneira mais rápida. 

Mas é preciso ficar de olho no tipo de investimento que irá colocar o dinheiro da sua empresa. Isso porque alguns investimentos necessitam que o dinheiro fique retido  por um tempo determinado. O que vai totalmente contra o objetivo de uma reserva financeira. Que é utilizar o dinheiro assim que precisar.

Embora, de fato, investimentos mais longos tendem a gerar melhores ganhos, ainda assim é preciso ter cautela. O objetivo principal não é ter o máximo de ganhos com o investimento, mas sim ter um ganho razoável e ter acesso rápido ao dinheiro. 

Dessa maneira, os investimentos mais recomendados são os com liquidez diária e saque imediato

Onde investir a reserva financeira empresarial?

Vamos ver alguns exemplos de investimentos para sua empresa deixar o dinheiro rendendo, ao mesmo tempo que possibilita o saque de forma prática e rápida (caso seja necessário)

Além disso, é preciso aplicar em fundos que não possibilitem perda de capital, por isso, investimentos na bolsa, por exemplo, não são uma boa opção para a reserva financeira da empresa.

CDB com liquidez diária: os CBDs ou Certificados de Depósitos Bancários, funcionam como empréstimos dados a uma instituição bancária. Sua rentabilidade é definida de forma prévia e sua liquidez é diária. Dessa forma, o dinheiro estará disponível no mesmo dia que o possuidor do CBD precisar. 

Além disso, é protegido pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), com limite de até 250 mil reais por CNPJ

Tesouro SELIC: esse já é um investimento com renda fixa, com uma taxa de juros maior que a poupança. Esse investimento funciona como um empréstimo para o Governo, devolvido baseado em uma taxa de juros outrora aplicada. 

É um investimento garantido que não demanda de um valor tão elevado para iniciar os ganhos. Sua liquidez também é bastante interessante. Caso necessário o dinheiro voltará à mão do portador em um dia útil, em média.

Diferentes objetivos podem ser conciliados em uma reserva financeira?

É importante ressaltar, que a empresa não precisa ter apenas uma reserva financeira. Por exemplo, ao mesmo tempo que a empresa cria uma reserva com o objetivo de investir no negócio, ela pode e deve ter um fundo de reserva para emergências. 

Uma coisa não anula a outra, apenas, na maioria dos casos, é preciso priorizar uma ou a outra.

A forma mais “correta” de agir no exemplo acima, seria primeiramente conseguir o valor necessário para a reserva financeira emergencial. E depois disso, criar uma reserva para investir. 

Dessa forma, a empresa garante a estabilidade mesmo durante uma crise. E ainda está juntando esforços para investir em formas de melhorar a empresa.

Por conta disso, é importante ter um capital de giro. Dessa forma, a empresa terá uma maior autonomia para usar o dinheiro em prol do crescimento do negócio.

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